You are reading Lânguida Dama

Lânguida Dama

  • sábado, 19 de novembro de 2011
  • Felipe D´Castro


  • Chegou. Os tornozelos sempre à amostra.
    Lábios de carne pura, brancos dentes,
    Um batom vermelho, inconseqüente,
    Nos olhos a luxúria que se mostra...

    Veio. E as veias minhas todas tortas
    A pulsarem emaranhadamente
    Sob minha pele úmida e morrente
    Como um prisioneiro a espreitar a porta...

    Sentou. E penetrou-me uma poesia
    De versos concretos como nas máquinas
    E nos trens, e nas tabernas vazias...

    Suou. Vai e vem enfurecido tens...
    E ante tua performance acrobática
    Esqueço de versos, tabernas e trens.


    0 comentários:

    Postar um comentário

    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...