Chegou. Os tornozelos sempre à amostra.
Lábios de carne pura, brancos dentes,
Um batom vermelho, inconseqüente,
Nos olhos a luxúria que se mostra...
Veio. E as veias minhas todas tortas
A pulsarem emaranhadamente
Sob minha pele úmida e morrente
Como um prisioneiro a espreitar a porta...
Sentou. E penetrou-me uma poesia
De versos concretos como nas máquinas
E nos trens, e nas tabernas vazias...
Suou. Vai e vem enfurecido tens...
E ante tua performance acrobática
Esqueço de versos, tabernas e trens.
0 comentários:
Postar um comentário